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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Literalmente falando, o dinheiro é sujo. É até grosseiro falar assim do que é tão difícil conquistar, mas o problema é bem outro – e microscópico. Uma simples nota pode ter mais de 10 milhões de colônias de bactérias. Fique atenta: esta ameaça é tão real quanto a inflação.
Existe uma expressão em inglês que diz “money talks”, ou seja, “o dinheiro fala”. Se assim fosse, o que as notas em sua carteira estariam dizendo? Provavelmente, palavrões. Em pesquisa do projeto Dirty Money (“Dinheiro Sujo”) da Universidade de Nova York (NYU), divulgada recentemente, notas de um dólar foram submetidas ao estudo do DNA das pessoas que nelas pegaram. Ao passar de mão em mão ao longo do tempo, cada uma revelou-se uma colônia de férias para diversos tipos de bactérias, algumas muito perigosas, como os coliformes fecais.
Na análise do material genético, foram encontrados cerca de 1,2 bilhão de segmentos de DNA. E identificados 3.000 tipos de bactérias – número muito maior que em estudos anteriores, que utilizaram microscópio. Além desta fauna invisível, foram também detectados microrganismos ainda não catalogados nos bancos de dados genéticos.
Entre as bactérias encontradas, a espécie mais abundante é a causadora da acne. Outras estão associadas à intoxicação alimentar e infecções. Algumas levavam genes responsáveis pela resistência aos antibióticos. Terçóis, furúnculos e micoses também podem ter esta origem.
Por aqui, um estudo brasileiro encontrou em cada nota de real cerca de 247,25 micróbios por centímetro quadrado. Com tecnologia, cada governo tem tentado fazer a sua parte. Embora os níveis variem de lugar para lugar, de modo geral foram encontradas menos bactérias nas notas de plástico que nas de papel-moeda, como atualmente são as nossas.
Para evitar a contaminação, o recomendado é seguir à risca as normas de higiene: sempre lavar as mãos depois de pegar em dinheiro, de usar o banheiro e antes das refeições.
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