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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
A ciência investiga maneiras de “enganar” o cérebro, para nos fazer comer menos e melhor. Com a ajuda de chefs, a novidade é que estes estudos agora correspondem a um novo ramo, conhecido como neurogastronomia.
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Dan Han é um pesquisador neuropsicólogo na Universidade de Kentucky (Estados Unidos).
Sua causa é advogar para que a qualidade de vida, especialmente a apreciação da comida, seja um parâmetro médico que fundamente tratamentos clínicos.
Um encontro com o chef Fred Morin, do restaurante Joe Beef, mudou a maneira como os dois trabalhavam até então.
Isso porque o chef, além de cozinheiro, é um bioengenheiro interessado em neurogastronomia.
Este novo campo de estudo é um ponto de convergência entre a ciência e o universo culinário.
Sua investigação estuda o cérebro humano e como o órgão, pelos filtros fisiológicos e culturais, interpreta os sabores.
No encontro, Morin encorajou Han a ler o livro do neurocientista Gordon Shepherd, que cunhou o termo “neurogastronomia” em 2006.
“Fui fisgado”, declarou Han.
“Eu sabia que se conseguisse reunir chefs, neurocientistas e pesquisadores de alimentos para explorar maneiras de fazer com que pacientes nos hospitais ou em tratamento pudessem desfrutar suas refeições como antes, esta seria uma importante contribuição profissional”, complementou.
O contato entre o professor e o chef-engenheiro foi determinante para a criação da Sociedade Internacional de Neurogastronomia, que recentemente reuniu 200 profissionais médicos, pesquisadores e pacientes para seu primeiro simpósio.
O objetivo do encontro foi compartilhar conhecimento sobre pesquisas e práticas que aperfeiçoem e melhorem a qualidade de vida de quem perdeu a percepção dos sabores e aromas, devido ao câncer, traumas cranianos, derrame, mal de Alzheimer, doença de Parkinson e demais ocorrências neurológicas.
Durante o simpósio, experiências como agregar sabores através da audição e visão foram compartilhadas.
Enquanto a neurogastronomia, como uma ciência, ainda encontra-se na infância, o simpósio abriu portas para a troca de informações e ideias entre profissionais que atuam isoladamente em suas esferas de influência.
O aprofundamento destes diálogos é a maneira como este novo campo pode evoluir.
Proporcionar uma melhor experiência gastronômica não só a pacientes, mas a todos os seres humanos, aproxima a ciência da vida real de uma maneira única, comum a todos nós: o prato.
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