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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Se estamos nessa vida a passeio, é melhor arrumar programação de viagem. Se relacionada à gastronomia, melhor. Esta é a ideia do livro “1.000 foods to eat before you die” (“Mil pratos para comer antes de partir”), uma jornada de volta ao mundo ao redor da mesa.
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Muitas pessoas gostam de estabelecer metas.
Foi de olho em uma das mais gostosa delas que saiu o livro 1.000 lugares para conhecer antes de morrer (2006).
A fórmula estimulou a escritora Mimi Sheraton a definir uma lista definitiva de outro dos maiores prazeres da vida.
O resultado é o livro 1.000 foods to eat before you die (“Mil pratos para comer antes de partir”) – ainda sem previsão de lançamento no Brasil.
Sobre o assunto, Mimi tem experiência.
Isso porque a escritora mantém uma coluna de crítica gastronômica no The New York Times há seis décadas.
Só o livro consumiu mais uma delas, tendo sido lançado após 10 anos de pesquisas.
O resultado é uma jornada ao redor de um mundo de paladares.
Para indicar mil pratos inesquecíveis, a autora começou com 1.800, para então lapidar as escolhas.
A preocupação foi dar uma abrangência global ao livro, e a boa notícia é que o mundo, culinariamente falando, continua grande.
A obra apresenta desde o molho hoisin chinês utilizado no pato laqueado, a salsicha branca alemã leberwurst, o pão egípcio aish baladi, o chocolate belga da marca Callebaut, a sopa borsch ucraniana até as ostras gratinadas de Locmariaquer, na França.
Tratam-se de sabores muito particulares, que trazem inúmeros significados e sentimentos relativos aos povos e lugares de origem, a cada garfada.
Como o Rijsttafel, um arroz feito na Indonésia que data da época do colonialismo holandês naquela região.
Ou o maque choux da Louisiana (foto acima), um prato com origem em preparações dos índios da América do Norte, que ganhou toques franceses e africanos, para tornar-se uma marca da culinária chamada creole.
Com base na pesquisa que fez para o livro, Mimi faz previsões de uma influência mais ampla que teremos da culinária do Norte da África – principalmente do Senegal e Etiópia.
Ela também vê uma tendência de cozinha mediterrânea mais ocidentalizada, que utiliza mais especiarias, enquanto a versão original concentra-se em ervas.
Como modo de organizar a coisa toda, os pratos foram classificados por região geográfica.
O leitor encontra também contextos históricos e detalhes culturais a respeito das receitas.
Para quem deseja organizar uma viagem em busca destes sabores, o livro aponta onde é possível encontrar cada um, entre restaurantes, mercados e festivais gastronômicos.
Diante desta ode à diversidade culinária e cultural, vemos que é possível que faltem dias na vida para provar tudo o que ela nos oferece de melhor.
Então, é bom começarmos logo.
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