Se você acha que comer sozinho ou acompanhado é apenas um hábito, pense novamente. O ritual pode ser uma maneira de melhorar a carreira. Colegas que comem juntos interagem mais em favor do sucesso coletivo.

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Aceite os convites dos colegas para o almoço.

Esta é a dica de um estudo feito pelo Foodland Brand Lab, da Universidade de Cornell (Estados Unidos).

Especializados em analisar os hábitos alimentares com o comportamento, os cientistas descobriram que comer juntos aumenta a colaboração entre a equipe.

E não apenas na hora de passar o sal.

“Compartilhar uma refeição é mais íntimo que olhar um arquivo Excel por cima do ombro de uma pessoa”, declarou o autor do estudo, Kevin Kniffin, professor da Faculdade de Economia.

“Esta cumplicidade é transferida para o trabalho”.

“De uma perspectiva antropológica e evolucionária, comer junto tem uma longa tradição em nossa sociedade. Este ritual hoje se traduz em sair para almocar juntos”, completou o professor.

Para a pesquisa, foram entrevistados bombeiros de 50 corporações diferentes em uma cidade americana não especificada, ao longo de um ano e três meses.

Para 395 supervisores, foi solicitado atribuir uma nota de zero a 10 para a performance de seu esquadrão correspondente.

Também foi perguntada qual a frequência com que os soldados do fogo compartilhavam refeições ao longo da semana.

Ao cruzar as respostas, uma relação muito clara ficou evidente.

Bombeiros que comem juntos tendem a ter melhores avaliações de performance.

Em seguida, os pesquisadores cruzaram as entrevistas feitas em cada esquadrão e descobriram que refeições coletivas consistiam no ponto alto do dia de vários deles.

Muitos, inclusive, disseram ser capazes de jantar duas vezes, em casa e com os colegas, para não “trair” nenhuma de suas companhias à mesa.

O grupo, neste caso, ganha a importância e o significado de uma família.

Entretanto, pela correria do dia a dia, muitas vezes não podemos sair junto com todo mundo.

E acontece de almoçarmos sozinhas, ou ainda pior, na mesa de trabalho.

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Quando estamos ocupadas, e bem na hora da refeição, deixamos passar os sinais sutis de saciedade.

Daí, comemos além da conta – e as piores escolhas possíveis.