Dirigir e falar ao telefone? Além de ser proibido, a natureza não deixa. Um novo estudo europeu revela com, para nosso próprio bem, o corpo reduz audição quando precisa melhorar a visão.

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Difícil não ver alguém falando ao celular quando dirige.

E também escapar da tentação – afinal, quem nunca?

Entretanto, nada pior a se fazer.

Pela legislação brasileira, a infração passou a ser considerada gravíssima.

Ao menos podemos contar com uma grande ajuda no combate ao hábito.

Para nosso próprio bem, o corpo humano torna difícil fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

É o que afirma um estudo feito pela Universidade de Linköping (Suécia).

Quando ocupamos a visão, o cérebro reduz a capacidade de audição.

Para chegar à conclusão, foi feito um experimento com 32 voluntários.

Divididos em dois grupos, todos tiveram que realizar tarefas visuais.

Metade fez os testes em um ambiente tranquilo e a outra metade em local barulhento.

No teste foram feitos registros de ressonância magnética do cérebro dos voluntários.

Os pesquisadores também examinaram a memória de curto prazo.

Como resultado, a atividade no córtex auditivo seguiu normal, quando o estímulo foi sonoro.

Mas, com uma tarefa visual, a resposta dos nervos do córtex auditivo foi reduzida.

Assim, a audição tornou-se prejudicada.

“O cérebro é muito inteligente, e nos ajuda a concentrar no que devemos fazer”.

A declaração é de um dos autores, Dr. Jerker Rönnberg.

“Ele desliga as distrações que tornam a tarefa extenuante, já que apenas um dos sentidos pode funcionar ao máximo”.

“Por este motivo não é uma boa ideia falar ao telefone enquanto dirigimos”.

Não por acaso, a chance de acidentes aumenta em 400% quando o motorista está ao telefone.

Um risco muito maior que o causado pela embriaguez.

O estudo foi publicado no periódico científico Frontiers in Human Neuroscience.