Tiramos do prato as proteínas de origem animal e nos sobra o quê? Mais do que você pensa. Nova soja preta desenvolvida no Brasil tem mais proteína que feijão – e também é gostosa. 

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Alternativas à carne podem beneficiar a saúde.

Mas a necessidade de educar o paladar para estas opções sempre foi um entrave para uma maior adoção.

A resistência ao gosto forte da soja foi por muito tempo um desafio para a pesquisa científica.

No Brasil, a Embrapa Soja ocupa-se em melhorar o gosto da leguminosa.

Com a divulgação de nova pesquisa, parece ter chegado a uma solução.

Para a safra 2019/2020 estão sendo plantadas as primeiras sementes de soja preta.

A variedade já existia, mas esta (BRSMG 715A) é 100% nacional.

O alimento é uma excelente fonte de proteína.

E rico em antocianina.

Também possui grande quantidade de ácidos graxos monoinsaturados, o que lhe confere maior estabilidade oxidativa.

Estas características trazem poder anti-idade.

Isso garante a elasticidade da pele e protege o organismo contra doenças degenerativas.

E colabora com o bom funcionamento de órgãos como o coração.

Mas, será gostoso?

As avaliações sensoriais indicaram que o sabor é suave.

E que o tempo de cozimento é menor que o da soja comum.

Outra vantagem: os grãos não soltam a casca e nem formam espuma na panela.

Com ela, podemos enriquecer nutricionalmente preparos tradicionais.

Ou mesmo substituir completamente o feijão e fazer uma “sojoada”, por exemplo.

As possibilidades são empolgantes, como o leite de soja preta.

E pães e massas com o grão, sem glúten, que vão colorir e fortalecer o prato.

Inicialmente, o plano é multiplicar mil quilos de sementes.

Até que se consiga volume suficiente para atender a demanda de mercado.

Com isso, podemos aguardar o BRSMG 715A nos produtos alimentares para breve.