O tempo muda muitas percepções. Mas esta é uma reviravolta. Novo estudo revela que, agora, comer ovos moderadamente pode melhorar a saúde do coração.

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Pelo alto conteúdo de colesterol em ovos, durante muito tempo o alimento representou risco para a saúde coronária.

Uma sucessão de estudos redentores depois, aprendemos que é a gordura saturada que realmente afeta os níveis de colesterol em nosso sangue.

Agora, a ciência está provando até o contrário do que se acreditava.

Aparentemente, comer ovos moderadamente pode melhorar a saúde do coração.

É o que revela um estudo do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade de Pequim (China).

Nele, foram feitos testes com 4.778 voluntários, dos quais 3.401 tinham doenças cardiovasculares e 1.377, não.

Com ressonância magnética nuclear direcionada, foram aferidos 225 metabólitos em amostras de plasma retiradas do sangue de todos.

Desses metabólitos, 24 estavam associados a níveis autorrelatados de consumo de ovos.

Análises mostraram que os indivíduos que comiam uma quantidade moderada de ovos tinham níveis mais altos de uma proteína no sangue chamada apolipoproteína A1 — um bloco de construção da lipoproteína de alta densidade (HDL), também conhecida como “boa lipoproteína”.

Esses indivíduos, especialmente, tinham mais moléculas grandes de HDL no sangue, que ajudam a limpar o colesterol dos vasos sanguíneos e, assim, protegem contra bloqueios que podem levar a ataques cardíacos e derrames.

Já os participantes que comiam menos ovos revelaram níveis mais baixos de metabólitos benéficos e níveis mais altos de nocivos no sangue.

O motivo pelo qual fãs de ovos têm o coração mais saudável ficou inconclusivo.

“Mais estudos são necessários para verificar os papéis causais que os metabólitos lipídicos desempenham na associação entre o consumo de ovos e o risco de doença cardiovascular”, segundo a divulgação.

O estudo foi publicado na revista eLife.

Devemos receber esta pesquisa como uma boa notícia.

Afinal, cada brasileiro consumiu em média 255 ovos em 2021, 25 ovos a mais que a média mundial.

Deu vontade?

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